segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vida de estudante de medicina da UBI: um cansativo pêndulo entre semana-PEM/ semana-não-PEM.


Para quem não sabe, PEM's são uma cerimónia quinzenal (em certos casos semanal) que traz à faculdade todos os alunos de um mesmo ano, sem qualquer exceção ou direito a atraso, para que, durante o tempo estabelecido para a mesma, seja efetuado o ritual de polimento do cérebro do aspirante a médico.

Noutras faculdades chamam-lhes frequências. Aqui as Provas de Escolha Múltipla acontecem a cada duas semanas desde setembro. Chegados a abril dou por mim a pensar onde encontrarei a motivação para mais dois meses de trabalho, já muito cansaço e dores de cabeça se acumularam...

A mais só posso dizer que estou em semana-PEM e não está fácil.

domingo, 27 de abril de 2014

A facilidade com que julgamos os outros


Não a conhecia, nem nome, idade, de onde era, o que fazia ou tão pouco porque ali estava. No entanto, como se escutar um mero telefonema fosse suficiente, achava que já sabia tudo sobre ela. Não fora intencional, mas inevitavelmente encontramos nas conservas dos outros um modo de fazer adiantar os ponteiros do relógio nas viagens de autocarro.

Nervosa, espontânea, responsável, com destino onde chegar, um passado, um futuro, trabalho, estudo, família, responsabilidades, desilusões, objetivos. Enfim, uma vida sua. E eu nem o nome sabia.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Detalhes da Liberdade

Dois anos antes da revolução, foi no Auditório da Galiza que Zeca Afonso cantou pela primeira vez ao vivo "Grândola, Vila Morena", canção mítica que viria a ser senha do 25 de Abril em Portugal e símbolo da liberdade também na Galiza. Ali mesmo ao pé da minha casinha em SDC!


Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade


Ver mais aqui: http://estrolabio.blogs.sapo.pt/262600.html

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Calpe... e já lá vão 2 anos!


Duvido que quem aqui chegou por estas pesquisas tenha daqui levado algum conhecimento proveitoso!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Lufada de ar fresco


Por vezes somos levados a tomar decisões que mudam todo o caminho original que tínhamos preparado. Talvez, tenha sido por isso que quase me perdi. Quando escolhi a ‘cidade aos pés da serra’, pensei que seria o melhor que podia fazer. Depois desiludi-me: inevitáveis comparações desmotivaram-me; já não estava na ‘faculdade de excelência internacional’, mas sim, na faculdade onde não devo esperar de um professor que ele me ensine. Pus a nu todos os defeitos que me lembrei, e mal sabia que tantos havia mais. Ouvi dizer que eu não sabia o que queria. Arrependi-me. Chorei. Tive saudades de Santiago. Sabia que estava longe do melhor, mas continuei. Seguiram-se altos e baixos, criei hábitos, conheci pessoas, valorizei momentos e as amizades fortaleceram. Os mimos foram atenuando o rasto da desilusão. Não pensem que aceitei, talvez isso nunca aconteça, afinal, não há amor com o primeiro. Levo comigo a vontade de voltar. Mas importa-me, agora, que não passe um único dia sem que tenha a certeza que dei o melhor de mim. Houve opções que me escaparam e que não vão mais fazer parte da minha vida, mas haverá muitas outras que posso conquistar, haja motivação para isso. Se o meu futuro me pertence, é unicamente de mim que ele depende.