terça-feira, 12 de novembro de 2013

Não acredites num 'love you' ou num 'sorry'




Não acredites num ‘love you’ ou num ‘sorry’. Não digo que eles te enganem. Simplesmente, digo que não acredites de um modo fácil. Acho que são expressões tão levemente pesadas que não têm força de chegar ao coração. Ao leres isto lembra-te do simples que é: pensar e não sentir enquanto se diz. Isso acontecia-me quando eu era a estrangeira. Por vezes, chegamos a ser marionetas de uma língua que não é a nossa, articulamos as palavras sem lhes tomar o sentido e já a mensagem chegou ao recetor.

Se ainda tiveres dúvidas, vê as redes sociais invadidas de repetitivas ternuras ofegantes que se prendem a meia dúzia de palavras em língua saxónica e uns soizinhos amarelos. E, depois, isto se ainda tiveres tempo, sei que as redes sociais nos levam muito do raro tempo que temos, vai ter com aqueles que realmente merecem ouvir o que tenhas para dizer. Aí di-lo, cara a cara e em português.

domingo, 29 de setembro de 2013

A caloira pede...


... às almas solidárias, versáteis, inteligentes e originais que ainda seguem este blog (um tão ao quanto abandonado ultimamente...) que me contem como fizeram o vosso convite aos padrinhos de faculdade. Vá lá sei que têm essas qualidades!!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Bom fim de semana



Tal como há uns tempos me distanciei do blog, distanciei-me de algumas pessoas. Sei que algumas delas estranharam, mas também sei que perdi importância para outras. O afastamento, apesar de não ter sido forçado e ter sido gradual, foi fundamental para poder ver mais claro: há sempre motivos que nos influenciam, que tentam mudar os nossos planos para os ajustar a outras conveniências. Precisava de pensar no que realmente queria fazer e sabia que contando-lhes iria ser obrigada a entrar num jogo de interesses, o qual não estava preparada para ganhar.

No entanto, sabia que tinha de fazer tudo para conseguir. Mesmo jogando sozinha, era meu dever fazer tudo para manter os meus objetivos de pé. Posso nunca chegar a ganhar, mas espero que sejam capazes de entender que lutei e que fui eu mesma. Enquanto o tempo avança procuro uma armadura que me possa proteger, não quero desistir. Não agora.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Quem sabe não esteja assim tão longe de o fazer


# Cadernos de Santiago: do início ao fim (post demasiado longo)

“Se não sais de ti, não chegas a saber quem és”

Faz agora um ano, tentava reunir informação sobre Santiago de Compostela. A verdade é que não estava de todo entusiasmada com a ideia de ir estudar para esta cidade que não fazia parte do meu plano inicial, apesar de ser a melhor solução que tinha na altura.

Naquele tempo nada estava no seu devido lugar. Faltava uma justificação válida. Pensava nas razões que me tinham levado ali e nenhuma fazia qualquer sentido para mim. No fundo acreditava que, com paciência, tudo podia ser temporário e iria haver uma solução que me levasse para mais perto de casa.

A verdade é que não houve. Assim, no dia 8 de setembro mudei-me para a Galiza. No início dividia-me entre ideias controversas: cidade bonita, muitos colegas novos, a distância, a falta de laços familiares; com o passar do tempo, ia conhecendo mais pessoas e sentia um grupo de portugueses unido e animado. Vinha a casa tão poucas vezes que sentia que tinha uma nova família em Santiago.

Os primeiros meses passaram e posso dizer que foram intensos; conheci a amiga com que mais me identifiquei até hoje, mas também vivi demasiado perto de uma pessoa que me mostrou que o orgulho e a arrogância se podem cruzar no dia-a-dia sem se tocarem, mas tarde ou cedo chocam e podem quebrar amizades tornando as memórias meros cacos.

Aprendi muito em Santiago, aprendi nas aulas fatigantes, aprendi com peregrinos a chegar a todo o momento, aprendi sobre mim. Cheguei a pensar que não estava preparada para a faculdade, que me faltava maturidade. Mas, ela chega aos poucos e dependia de mim fazer da minha escassa maturidade a armadura para enfrentar os medos.

Passou o Natal e o Ano Novo. Passou o 1º semestre e com ele a primeira fase de exames. Dura. Exaustiva para quem tinha saído de um ensino secundário “tranquilo”. Quase um mês passado a estudar entre piadas e psicoses com as duas melhores amizades que fiz em Santiago. Em Espanha temos exames no fim do semestre, não há frequências, o tempo entre cada um é muito pouco e podemos ter apenas um dia entre dois exames, se falharmos nesta fase, temos o recurso em junho, nada mais a não ser deixar para o próximo ano. Penso na fase de exames como o ponto de viragem: foi tão stressante que pensava que me fazia mais falta o apoio das pessoas que me tinham visto crescer do que propriamente o tempo para estudar.

Depois dos exames começou logo o 2º semestre, decidi faltar à primeira semana de aulas para poder finalmente passar algum tempo em casa sem a pressão de estudar. Foi refrescante, pude conversar sem pressas com os vizinhos, estar com os meus amigos. Falar com eles foi o bastante para perceber que já não sabia nada deles há meses. As conversas vagas, o facebook deixam-nos pensar que estamos dentro quando não podíamos estar mais longe da realidade que cada um vive.

Foi em conversa coma minha avó que disse as palavras que sempre soube, mas sobre as quais não tinha pensado ainda, ou talvez já as tivesse esquecido. “Sim, ainda vou tentar estudar em Salamanca. Talvez daqui por uns anos.”

Não podia enganar-me a mim mesma. Mais tarde iria olhar para trás e perceber o quanto tinha perdido. Queria estar presente na vida dos meus velhos amigos. Queria saber quando as coisas iam menos bem cá em casa. Queria que matar as saudades não fosse difícil. Queria estabilizar.

Viver em Santiago era uma superação pessoal a cada dia. Muitos obstáculos se erguiam, tive ajuda para ultrapassar muitos deles, mas também houve motivos que me deitaram abaixo muitas vezes. Pela altura do Carnaval, mudei de casa.

Passei a viver sozinha. Ficaria mais tranquila, a partir de aí deixaria de ter surpresas desagradáveis, algumas intimidadoras. Não é bom quando pressão atrai pressão. De aí em diante, pude reparar que não tinha sido só eu a alterar o rumo das coisas. Cada um estava mais concentrado num objetivo que por ser comum nos estava a afastar uns dos outros. O grupo de portugueses estudantes de medicina em Santiago de Compostela “unido e animado” estava a dividir-se em pequenos grupos. O stress faz destas coisas, não são irreversíveis, mas também não são fáceis de lidar.

Percebi que as pessoas em quem podia confiar eram as mesmas desde o início, essas estiveram sempre lá para mim. No entanto também percebi que eram menos do que as que teria pensado. Algumas delas foram desilusões. Outras pequenos desapontamentos.

Sempre temos de nos agarrar ao que é importante, ao verdadeiro. Por vezes esqueci-me disso. Fiquei sozinha em casa a pensar demais. Deitava-me tarde. Não sabia o que fazer. Já idealizava um futuro noutro lugar. Pesei os prós e os contras, pensei e repensei, investiguei e pedi opiniões. Ao fim de algum tempo, comecei a tratar de uma nova candidatura à universidade de Salamanca.

Achei que estava a trair os meus amigos, mas deixei de me importar com opiniões, sempre fazemos juízos sobre tudo. Os mais importantes conheciam as minhas razões o suficiente por isso contei apenas a esses. Continuei a ir às aulas, fiz os primeiros exames, mas já não estava focada na faculdade e não correram bem.
Fiz os exames da selectividad, que são os exames para a candidatura e segui com o processo.

Já estou matriculada na USAL (Universidad de Salamanca) há pouco mais de um mês. Continuo a pensar em tudo o que poderia ter sido diferente. Fiz muitos erros e reconheço-os, mas aprendi com eles.

E apesar de tudo, posso-me gabar de uma coisa: em Santiago rodeei-me de pessoas fantásticas, as pessoas certas. Os meus sonhos mudaram graças a elas, puderam evoluir porque elas me ajudaram a criar asas. Graças a elas sei o que quero, e se não conseguir agora, devo-lhes o facto de não desistir.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013



Sabes quando tentas manter-te ocupado, mas a tua cabeça não deixa e leva-te precisamente para onde queres estar? Leva-te para onde as emoções fluem com naturalidade, para um sítio onde o tempo não tem importância e tudo pode dar certo, mesmo até os impossíveis. A tua cabeça faz-te viajar até um sítio perfeito – a mentira. Sei o quão quero acreditar nela, mas também sei que as mentiras podem magoar. Com o tempo o corpo acostuma-se, o ferimento sara, mas sempre deixa a sua cicatriz, por muito que a queiramos ignorar.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Como a vida é complicada aos 13 anos!


Conversa entre a minha irmã e um amigo:

- C., posso-te pedir um conselho?
- Diz.
- Achas que devo acabar com a minha namorada? É que ela já não me fala há 3 meses…

terça-feira, 16 de julho de 2013

A vida é fugaz


diz aquele que corre sem parar até ao destino que lhe compete.
Com o passar do tempo, vais aprender que não há super-heróis. Que todos falhamos. E que nem sempre aqueles que precisas irão estar lá para ti no momento oportuno. Se são verdadeiros, não se terão esquecido. Ainda assim, a crua realidade diz que não podes esperar que eles te amparem a queda. Tens de ter a coragem de te levantares. Tens de ser tu a sarar as tuas próprias feridas e a quebrar o orgulho que te enchia o peito. Vais ser capaz de olhar novamente em frente e ver que não estás sozinho. Como te disse: não há super-heróis.
O relógio marca o passo: dias de jogo são vitórias, derrotas, ansias de ganhar, medos de falhar. Aprendi que neste jogo, a vida, não devemos ter medo de perder, mas sim de ganhar. Perder culminaria em ações minimamente satisfatórias para a condição humana se o posto da aparência não tivesse um lugar tão sumamente importante na vida do pobre mamífero ereto: aprendemos e respeitamos. Ganhar, pelo contrário, acende a chama do sucesso que se apaga quando outros se esquecem dela.
Mas apesar de tudo, quero lembrar-te que estás aqui para ser feliz. Que a vida vale a pena e que não é por ficares aquém do topo da montanha que não és merecedor do melhor que podemos ter: carinho e compreensão. Quero dizer-te que vais encontrar muitas pedras pelo caminho, e que deves manter a mente aberta sem ter de decidir logo as que valem ou não a pena manter, pois podes-te arrepender de ter deitado algumas delas fora.
Quero também que saibas que mesmo estando um pouco mais longe ainda aqui estou e sempre estarei quando precisares. Já sabes que tenho problemas em esquecer-me dos momentos importantes da minha vida. Se passar por ti daqui a uns anos, posso até nem te reconhecer, mas ainda me vou lembrar do som do teu riso.


A vida é feitas de opções. Não há opções perfeitas.

terça-feira, 2 de julho de 2013

#


A vida é feitas de opções e não há opções perfeitas. No fundo, esse é o moral da história.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Leva-me a casa. Leva-me aos momentos em que as conversas fluíam sem pressas, aos momentos em que tínhamos tempo de ser nós mesmos. Leva-me a tomar um café e a discutir percalços de que nos possamos rir. Leva-me onde fechámos as recordações. Leva-me ao sítio onde perdemos as causas, talvez agora lá possamos deixar os medos e as dores. Leva-me ao que eu era, simples e sem preocupações de maior grau a não ser a perseguição de um sonho. Leva-me ao princípio. 

sábado, 15 de junho de 2013

O tempo que levamos a perceber o que nos faz falta


Escrever lava-nos a alma, põe a nu todos os pensamentos recalcados pela viciada rotina, liberta a nossa imaginação e leva-nos a novos mundos. Às vezes esqueço-me do bem que me fazia. Penso que me falta o tempo, mas o que falta realmente é a motivação. Ela vai e volta, por vezes perde-se pelo caminho e, neste caso, a jornada foi larga. Estive muito tempo sem vir aqui ao blog, talvez me tivesse esquecido da satisfação de ler e reler um texto antes de o publicar. Mas só dando asas à imaginação seremos capazes de voar.
Por isso tudo, voltei! Peço que me desculpem a ausência,  falhas na escrita ou eventuais erros, afinal há meses que só leio e escrevo em espanhol.