Não a conhecia, nem nome, idade,
de onde era, o que fazia ou tão pouco porque ali estava. No entanto, como se
escutar um mero telefonema fosse suficiente, achava que já sabia tudo sobre
ela. Não fora intencional, mas inevitavelmente encontramos nas conservas dos
outros um modo de fazer adiantar os ponteiros do relógio nas viagens de autocarro.
Nervosa, espontânea, responsável,
com destino onde chegar, um passado, um futuro, trabalho, estudo, família, responsabilidades,
desilusões, objetivos. Enfim, uma vida sua. E eu nem o nome sabia.
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;D