Este ano fica por cumprir o prometido. Adiámos
o caminho a Finisterra para o próximo ano. Agora que passou a deceção, espero que as mudanças de planos venham a valer a pena.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Filha pródiga regressa a casa para uma longa caminhada
Podia fazer do título deste post um anúncio de que vou voltar à escrita, lembrando a promessa inicial de que escreveria sempre que chegasse a casa. Não obstante, prefiro atribuir-lhe um duplo significado para vos contar que vou voltar a Santiago de Compostela.
Talvez seja a vontade de estar novamente envolta por aquele ambiente, ou talvez seja a necessidade de resolver algum conflito interior. O certo é que estou bastante entusiasmada por regressar à que, pelo tanto que me viu crescer, considero ser uma segunda casa.
Vou fazer o caminho Santiago-Finisterra-Muxia. Serão 113 km de caminhada, percorridos em 4 dias. Ainda estou a preparar tudo, não tarda dou mais novidades.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
domingo, 4 de maio de 2014
Dizem que a cantora foi assaltada
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/cantora-portuguesa-na-eurovisao-assaltada-em-copenhaga
E estou aqui a pensar: Qual cantora?
E estou aqui a pensar: Qual cantora?
O
fado da nossa querida Suzy (Quanta ironia
em chamar fado ao desafortunado destino português no palco da Eurovisão!) tornou-a
na predileta para representar as cores da nossa bandeira em Copenhaga (ou então quis o soberano público português, vá-se
lá saber).
O
que temos assegurado é que será só mais uma a passar por ali. Mais uma que
ninguém conhece. Mais uma que não fará história.
Talvez
nem saibam quem ela é. Já poucos ligamos ao festival da Eurovisão, e porquê? Portugal marca presença, no
entanto, não faz barulho, parece envergonhado em mostrar algo de bom. Da comunicação
social não se ouve falar sobre o assunto, não vende, tema censurado, portanto.
Quanto
imagino a Eurovisão, penso num festival sublime, um tanto ao quanto como uma batalha épica: tantas nações a dar o melhor de si, à procura do melhor
lugar, sem se renderem. Vejo na representação portuguesa falta de orgulho e falta
de vontade em ter orgulho. A Suzy está ali no meio da arena, no entanto, parece
que aquilo não passa de uma festa popular num fim de tarde qualquer.
Estou
para ver se os imigrantes irão dar uns pozinhos da sua boa bondade (pontos). A música
tem ritmo, terça-feira vai ser uma festa lá em casa do tio avec.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Vida de estudante de medicina da UBI: um cansativo pêndulo entre semana-PEM/ semana-não-PEM.
Para quem não sabe, PEM's são uma cerimónia quinzenal (em certos casos semanal) que traz à faculdade todos os alunos de um mesmo ano, sem qualquer exceção ou direito a atraso, para que, durante o tempo estabelecido para a mesma, seja efetuado o ritual de polimento do cérebro do aspirante a médico.
Noutras faculdades chamam-lhes frequências. Aqui as Provas de Escolha Múltipla acontecem a cada duas semanas desde setembro. Chegados a abril dou por mim a pensar onde encontrarei a motivação para mais dois meses de trabalho, já muito cansaço e dores de cabeça se acumularam...
A mais só posso dizer que estou em semana-PEM e não está fácil.
domingo, 27 de abril de 2014
A facilidade com que julgamos os outros
Não a conhecia, nem nome, idade,
de onde era, o que fazia ou tão pouco porque ali estava. No entanto, como se
escutar um mero telefonema fosse suficiente, achava que já sabia tudo sobre
ela. Não fora intencional, mas inevitavelmente encontramos nas conservas dos
outros um modo de fazer adiantar os ponteiros do relógio nas viagens de autocarro.
Nervosa, espontânea, responsável,
com destino onde chegar, um passado, um futuro, trabalho, estudo, família, responsabilidades,
desilusões, objetivos. Enfim, uma vida sua. E eu nem o nome sabia.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Detalhes da Liberdade
Dois anos antes da revolução, foi no Auditório da Galiza que Zeca Afonso cantou pela primeira vez ao vivo "Grândola, Vila Morena", canção mítica que viria a ser senha do 25 de Abril em Portugal e símbolo da liberdade também na Galiza. Ali mesmo ao pé da minha casinha em SDC!
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Ver mais aqui: http://estrolabio.blogs.sapo.pt/262600.html
sexta-feira, 18 de abril de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Lufada de ar fresco
Por vezes somos
levados a tomar decisões que mudam todo o caminho original que tínhamos preparado.
Talvez, tenha sido por isso que quase me perdi. Quando escolhi a ‘cidade aos
pés da serra’, pensei que seria o melhor que podia fazer. Depois desiludi-me: inevitáveis
comparações desmotivaram-me; já não estava na ‘faculdade de excelência
internacional’, mas sim, na faculdade onde não devo esperar de um professor que
ele me ensine. Pus a nu todos os defeitos que me lembrei, e mal sabia que
tantos havia mais. Ouvi dizer que eu não
sabia o que queria. Arrependi-me.
Chorei. Tive saudades de Santiago. Sabia que estava longe do melhor, mas continuei.
Seguiram-se altos e baixos, criei hábitos, conheci pessoas, valorizei momentos
e as amizades fortaleceram. Os mimos foram atenuando o rasto da desilusão. Não pensem
que aceitei, talvez isso nunca aconteça, afinal, não há amor com o primeiro. Levo
comigo a vontade de voltar. Mas importa-me, agora, que não passe um único dia sem
que tenha a certeza que dei o melhor de mim. Houve opções que me escaparam e que
não vão mais fazer parte da minha vida, mas haverá muitas outras que posso
conquistar, haja motivação para isso. Se o meu futuro me pertence, é unicamente
de mim que ele depende.
segunda-feira, 31 de março de 2014
Life.
Penso que vivemos numa caixinha
de surpresas onde não basta olhar as coisas sobre apenas um ângulo: é preciso
inverter as perspetivas, mudar as expectativas e, acima de tudo, aceitar o que
podemos ser. Esta caixinha de surpresas é, por vezes, um labirinto, ela
mostrou-me que há várias formas de se estar certo, que podemos nunca chegar a
saber as verdadeiras razões que nos levaram a um sítio, mas pode fazer todo o
sentido estarmos ali.
Covilhã, outubro de 2013
Covilhã, outubro de 2013
segunda-feira, 3 de março de 2014
#2
E sempre que penso no assunto volto ao mesmo, a uma incerteza que me domina. Sei como vim aqui parar, mas
muitas vezes gostava de não ter percorrido este caminho. Tudo tem um lado
positivo, não o posso negar. E, aliás, sempre foi esse o meu lema: ‘aprender
com cada coisa’. No entanto, o tempo vai passando e de cada vez que olho para
trás vejo pontos já distantes como se estivessem ali tão perto, como se não tivesse
vivido mais desde então.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
#1
No momento em que as lágrimas me
percorrem o rosto sei que nunca poderia procurar outro culpado que não eu
mesma. Cheguei até aqui, tantas vezes sem revelar o que me ia no pensamento,
que esqueci a fórmula do desabafo. A verdade prende-se a mim como um recluso
que, preso há demasiado tempo, teme o mundo lá fora. Teme-o porque vê o mundo avançar
sobre acontecimentos que se converteram em hábitos. Hábitos a que já não
pertenço mais.
Eles riem. Brincam. Bebem. E o
tempo passa. O que podia ser já não acontece, porque não se sabe o caminho de
volta. Perdeu-se o ponto de partida. A esperança, essa ficou, mas de que me
vale ela agora, se a sinto envenenada? Ela está aqui, mas é como se risse de
mim e me desafiasse.
As pessoas mudam, e quando nos
afastamos por demasiado tempo podemos criar uma visão difusa do que está ao
nosso redor. Aí, podemos precisar, mas já não sabemos se somos precisos. A dúvida
consome-nos e a energia que perdemos deixamos de a ter para enfrentar os nossos
receios.
Cada dia é um desafio, devo,
então, secar as lágrimas e vivê-lo.
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