sábado, 5 de novembro de 2011

Pedaços de vida #2

Tinha decidido e não ia voltar atrás por motivo nenhum. Até que a morte nos separe, dissera. Mas, por alguma razão que não entendia, aquela longínqua frase já não fazia sentido. Dita no dia mais feliz, derivava agora no seu pensamento sob um rio de lágrimas prestes a secar.
Aguentara silêncios e ausências. Evitara recriminações. Dissera a si própria que não era o momento certo, que tudo ia ficar bem. Mas, nunca ficava e o momento certo ainda não era aquele. Fartou-se de sentir saudades, saudades dele, saudades dos dois, saudades de si própria. Conhecia-o bem, demasiado bem para saber que mesmo que esperasse, nada iria mudar na rotina. Falharam os projetos conjuntos, os sonhos, as promessas. Falhara o todos os dias da nossa vida.
De mochila às costas e sorriso forçado, abandonou-o. Diz que é para sempre.


...só para que saibam, escrever faz-me bem, nem que seja algo inventado e, escrito quando tenho páginas e páginas de biologia para estudar.

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;D